Será que Jesus pregou nesta sinagoga?

Os arqueólogos escavaram ruínas de 2.000 anos de idade na antiga cidade de Magdala, onde acredita-se que Cristo tenha passado e ensinado aos seus discípulos.
Uma antiga sinagoga desenterrada na costa do Mar da Galiléia pode ter sido um templo onde Jesus pregou, de acordo com a organização cristã que é proprietária do sítio arqueológico.
Os arqueólogos vêm escavando as ruínas, que datam 2.000 anos de idade, na cidade de Migdal ao norte de Israel.
Durante as escavações, em preparação para a construção de um novo hotel em frente à praia na costa ocidental do Mar da Galiléia, os arqueólogos descobriram uma pedra com menorah delicadamente esculpidas, um candelabro de sete ramificada que é um símbolo do judaísmo.
Acredita-se que neste local JESUS tenha se encontrado com Maria Madalena ou Maria de Magdala como ela também é conhecida naquela região.
Pai Kelly disse que a antiga sinagoga teria servido como um ponto de encontro onde as pessoas na cidade se reuniam. Ele disse: "Se um rabino estrangeiro veio para a cidade, ou quem sabe um novo rabino, um novo pregador,um novo mestre, com certeza e lógica, teria que passar por esse local devido a importância dessa sinagoga para o judaísmo. 
Acredita-se que esta sinagoga já existia durante o que é conhecido como o período do Segundo Templo de ISRAEL. Especialistas acreditam que esta sinagoga foi originalmente construído no 1 CE e era uma estrutura simples, antes de ser remodelado em 40 CE.
Neste sítio arqueológico Há ainda outros 12 hectares a serem escavados. Cerca de 5.000 pessoas visitaram o local,de acordo com o Centro de Magdala.
De acordo com o diretor da escavação, Dina Avshalom-Gorni, diretor da escavação, junto com a Autoridade de Antiguidades de Israel, disse: "Estamos lidando com uma descoberta emocionante e única.
"A sinagoga que foi descoberto junta apenas seis outras sinagogas do mundo que são conhecidos até à data para operíodo do Segundo Templo."

Ruínas de Magdala - A cidade de Maria Madalena


Piso ornamentado no sítio arqueológico de Magdala, Israel, onde porto e sinagoga foram encontrados

Magdala – מגדלא em aramaico ou Migdal – מיגדל em Hebraico é uma cidade bíblica antiga localizada nas margens ocidentais do Mar da Galiléia, a personagem mais conhecida desta localidade é Maria Madalena, em Hebraico – מרים מגדלית – Miriam HaMagdalit, ou seja, Maria de Magdala.

Já havíamos publicado alguns sobre Magdala, que mesmo antes dos últimos desenvolvimentos nas expedições arqueológicas já havia dados sinais de que há muito que nos revelar a respeito do passado bíblico, da herança judaica da Terra de Israel e da sociedade dos galileus. Em nossa jornada a Magdala podemos constatar que o que conhecíamos era somente a ponta de um grande iceberg.

As pesquisas arqueológicas até hoje estão em apenas cerca de 10 por cento de tudo que pode ser escavado, mas o que já foi revelado impressiona, e segundo os arqueólogos, poderemos estar diante de grandes surpresas, além das que já tivemos.
A Sinagoga do Primeiro Século em Magdala

Esta pequena sinagoga que foi encontrada em Magdala é um excelente exemplo de como eram as sinagogas do primeiro século, pequenas e simples, porém bem adornadas. Com um Beit Midrash, o local onde era feita a leitura da Torah, um salão principal onde ocorria o parlamento da cidade, seis colunas de pedra vulcânica, o interior da sinagoga era provavelmente bem revestido de afrescos, bem típicos desta época, com uma influência clara do estilo herodiano.

Ao contrário da sinagoga em Cafarnaum, onde a parte superior foi construída séculos depois, provavelmente entre o terceiro e quarto século sobre a base de pedras vulcânica originais, esta sinagoga de Magdala é autêntica, e ela provavelmente foi cenário das pregações do Messias Yeshua, e é bem provável que foi aqui nesta cidade que ELE expulsou dela os demônios, e foi sem dúvida alguma, Maria Madalena, a mulher mais devota que seguia os passos do Mestre.
Expectativa da descoberta de uma segunda e maior sinagoga e Magdala

As sinagogas se tornaram bem comuns durante o primeiro século da era cristã, fato este que pode ser comprovado no texto a seguir:


E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando toda sorte de doenças e enfermidades.
Mateus 9:35 ALMEIDA

Ainda, segundo os arqueólogos, é bem provável que esta pequena sinagoga seja uma construção mais de periferia, visto que era muito comum que as sinagogas das cidades ficassem bem no centro, não muito distante da orla, como a sinagoga de Cafarnaum, visto que ela tinha uma função naquela época mais social do que espiritual.

Se esta tese for comprovada nas próximas escavações, os arqueólogos poderão estar diante de mais uma descoberta de sinagoga em Magdala, desta vez, a mesma poderá ter muito mais detalhes, ser ainda maior e com muitos outros artefatos que nos revelarão os segredos culturais e espirituais do passado distante.
Mansões da Nobreza Judaica da Antiguidade em Magdala

Ainda em Magdala podemos ver um belo exemplo de que sempre houve uma diversidade social no Povo de Israel, no setor sudoeste da cidade até agora escavada podem ser vistas verdadeiras mansões em se tratando em relação as outras casas mais simples da cidade, que normalmente eram de um cômodo por família. Estas casas tinha um grand número de casas e estavam muito bem construídas.

A posição social dos habitantes deveria ser bem elevada, tanto pela qualidade das construções como os tipos de cômodos ali encontrados, no complexo que pode ser considerado uma espécie de condomínio da burguesia judaica, foram concentrados por enquanto quatro casas como esta, com cômodos grandes, quartos, cozinhas, e o principal, banhos rituais privados, o que demonstravam que os mesmos tinham um poder econômico elevado e poderiam estar associados com a linhagem sacerdotal.

As mansões encontradas revelam um planejamento urbano incrível, os banhos rituais estão interligados e eram alimentados pela fonte que vinha do penhasco do Monte Arbel, era suficiente para alimentar as cisternas da casas e ainda manter os banhos rituais, cercadas por uma rua bem calçada, é bem provável que a continuidade das escavações venha a revelar mais mansões como estas em direção a estrada que liga Tiberíades a Cafarnaum.

Mulheres Nobres Que Apoiaram Jesus

Nos evangelhos podemos ver claramente que além dos doze discípulos, seguiam a Jesus um certo número de mulheres, provavelmente mulheres de posses, que apoiavam o ministério do Mestre e se preocupavam com a provisão e o serviço ao mesmo tempo que desfrutavam daquilo que as supria espiritualmente, as palavras de vida eterna concedidas pelo Messias conforme descrito em Lucas.

Logo depois disso, andava Jesus de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e iam com ele os doze, bem como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios. Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Susana, e muitas outras que os serviam com os seus bens.
Lucas 8:1–3 ALMEIDA

As descobertas feitas em Magdala nos revelam que sempre, em cidades judaicas, havia uma elite, e neste caso, Maria Madalena, pode ter sido a mesma que derramou o perfume precioso nos pés do Mestre, a quantidade de perfume e o seu valor eram suficiente para manter um soldado romano por um ano de salário, e aqui podemos ver que este tipo de gente não era uma raridade no meio do Povo de Israel. A riqueza deles muitas vezes estava associada ao comércio, a industrialização de produtos, a cosmética, perfumaria, preparo de peles, tecidos e até mesmo a fabricação de pães ou a pastelaria da antiguidade.


Encontrado artefato com a inscrição do rei persa Dario I


Arqueólogos russos descobriram algumas partes de um monumento de mármore com uma inscrição do influente rei persa Dario I (que governou entre 522-486 a.C.) durante as escavações no local onde a antiga cidade grega de Fanagoria estava na atual região de Krasnodar, no sul da Rússia

Os arqueólogos estimam que a descoberta pode ser uma sensação em todo o mundo devido ao seu valor para a ciência, uma vez que se refere à figura de Dario I, que consolidou e expandiu o território do Império Persa.

As escrituras no monumento estão na antiga língua persa. De acordo com a avaliação preliminar, a descoberta data da primeira metade do século V a.C.

Além do monumento, os arqueólogos encontraram os restos de antigas fortificações da cidade, construídas com tijolos, provavelmente entre os séculos VI e V a.C.

Vladimir Kuznetsov, diretor do museu histórico-arqueológico de Fanagoria, disse que a singularidade da descoberta consiste em que as fortificações que datam dos períodos Clássico e Arcaico são extremamente raras, não só na região do Mar Negro, mas também no mar Mediterrâneo, já que as cidades gregas normalmente não tinham paredes, até o século VI a.C.

Kuznetsov também opinou que “a descoberta em Fanagoria das fortificações da cidade, especialmente a partir de um projeto tão incomum, é um dos mais importantes eventos de arqueologia em toda a bacia do Mediterrâneo”.

Cazaques encontram pirâmide mais antiga que as do Egito




Um grupo de arqueólogos cazaques descobriu um mausoléu em forma de pirâmide na região de Qaraghandy, no centro do país, que data da Idade de Bronze (séculos XII-XIV a.C.).

"Encontramos um grande grupo de sepulturas. Há como 30. Há uma grande túmulo em forma de pirâmide no centro do grupo, que pertence, presumivelmente, ao líder", explicou nesta quarta-feira à Agência Efe o responsável de escavação, Igor Kukushkin.


"Hoje encontramos um pequeno grupo de ossos humanos que estavam dispersos em torno das sepulturas. Provavelmente, os ladrões esparramaram os ossos pelos túmulos na busca de objetos de valor", disse Kukushkin.

Os arqueólogos acharam também dois crânios, um dos quais se encontra "muito bem conservado", segundo Kukushkin.

"Entregaremos estes crânios a antropólogos para que possam determinar a idade e o sexo. Esperamos encontrar mais restos humanos", acrescentou.

A pirâmide achada em terra cazaque mostra traços similares aos das pirâmides do Egito, segundo os especialistas. Porém, ela foi construída presumidamente quase mil anos antes.

"Nossos arqueólogos desenterraram um mausoléu único. As formas da majestosa estrutura enterrada é similar às famosas pirâmides do Egito, especialmente à pirâmide de Zoser", esclareceu à Agência Efe o arqueólogo cazaque Viktor Novozhenov.

Os cientistas encontraram também uma faca de bronze, pontas de flechas, agulhas, utensílios de cerâmica e ossos de animais no local da escavação, acrescentou o arqueólogo.

Quem foi o Behemoth do Livro de Jó?


A partir do capítulo 38 do livro de Jó, Deus questiona o patriarca acerca de vários fatos da Criação, muitas vezes sobre coisas que Jó jamais conseguiria responder. Em Jó 40:15-19, temos um exemplo disso: Deus fala para Jó sobre o Behemoth (ou Beemote), um animal possante e diferente de tudo o que hoje é visto na natureza. Quer dizer, diferente de tudo o que é visto hoje.
Observe a "descrição" completa conforme se encontra em Jó 40:15-19:



"Contempla agora o Behemoth, que eu criei como a ti, que come a erva como o boi. Eis que a sua força está nos seus lombos, e o seu poder nos músculos do seu ventre. Ele enrija a sua cauda como o cedro; os nervos das suas coxas são entretecidos. Os seus ossos são como tubos de bronze, as suas costelas como barras de ferro.Ele é obra prima dos caminhos de Deus; aquele que o fez o proveu da sua espada. Em verdade os montes lhe produzem pasto, onde todos os animais do campo folgam. Deita-se debaixo dos lotos, no esconderijo dos canaviais e no pântano. Os lotos cobrem-no com sua sombra; os salgueiros do ribeiro o cercam. Eis que se um rio trasborda, ele não treme; sente-se seguro ainda que o Jordão se levante até a sua boca. Poderá alguém apanhá-lo quando ele estiver de vigia, ou com laços lhe furar o nariz?"


A única informação externa que é certa, a princípio, é que a existência do Behemoth faz parte da cultura Hebraica. Porém, ele é descrito juntamente com vários outros animais que realmente existem ou existiram no Livro de Jó, e mais, pra quem crê que a Bíblia é a Palavra de Deus, o Behemoth deve ter existido certamente, do contrário não seria mencionado.

Ora, se o Behemoth existiu, que animal ele é ou foi? Alguns alegam que era um elefante, outros um hipopótamo, e outros ainda vão mais além, dizendo que seria um saurópode; mais especificamente, um Diplodocídeo... 


ELEFANTE OU HIPOPÓTAMO, QUEM SABE?

O Behemoth é descrito como a mais poderosa de todas as criaturas de Deus, um monarca do Reino Animal. Alguns estudiosos tentaram identificar Behemoth como um elefante ou hipopótamo. Até poderia ser, afinal hipopótamos e elefantes são gigantescos e corpulentos... Mas um pequeno detalhe pode "atrapalhar" essa identificação.

A cauda do behemoth, na Bíblia, é comparada à árvore de cedro (Jó 40:15 em diante), que é uma das maiores e mais espetaculares árvores do mundo antigo. Pois bem, essa certamente não é, digamos, a melhor descrição para a cauda de um hipopótamo ou de elefante. Ambos possuem uma cauda extremamente curta e fina; nada que se possa comparar ao cedro. Logo, o Behemoth era alguma outra criatura... Mas qual?


UMA CRIATURA "FANTÁSTICA"?


Para se descobrir, de forma eficiente, o que é o behemoth bíblico é necessário descobrir as fontes históricas sobre ele. Ou seja, a concepção do Behemoth pela cultura Hebraica.

O nome é o plural do hebraico בהמה, bəhēmāh, "animal", com sentido enfático ("animal grande", "animal por excelência"). Na tradição judaica ortodoxa, Behemoth é o monstro da terra por excelência, em oposição a Leviathan, o monstro do mar (tido por alguns como um ser similar a uma baleia), e Ziz, o monstro do ar. Diz uma lenda judaica que Behemoth e Leviathan se enfrentarão no final dos tempos, matando-se um ao outro; então, sua carne será servida em banquete aos humanos que sobreviverem.

Ora, e de onde teria vindo a "lenda do Behemoth"? Possivelmente da mesma forma que muitas lendas sobre dragões surgiram: fósseis relatados pelos antigos como seres que morreram há pouco tempo. Ou mesmo pegadas do próprio.

Em outras palavras, provavelmente a concepção do Behemoth veio do registro fóssil achado, pois a Bíblia garante que o mesmo existiu. Mas era o registro fóssil de que animal? Que animal, do passado, foi o Behemoth?

O MONARCA EXTINTO

Levando tudo isso em consideração, muitos estudiosos alegam que o Behemoth seria um dinossauro, mais especificamente, um saurópode.

Os saurópodes são conhecidos na mídia afora como "dinossauros pescoçudos" e figuram entre os maiores animais que caminharam pela Terra; alguns superavam a Baleia Azul, de 30 metr0s, em comprimento, inclusive. Criaturas corpulentas, possuiam uma cauda com músculos bem fortes e sempre um pescoço comprido, que em algumas espécies possuía uma boa mobilidade para as laterais. Todos esses animais eram herbívoros.



Como podemos ver, e por mais estranho (ou absurdo) que possa parecer, o Behemoth da Bíblia possui todas as características esperadas para um saurópode, especialmente a questão da cauda, que já era comprida e longa.

E podemos ainda ser mais específicos na descrição, pois com base na descrição bíblica podemos descobrir até a qual família o Behemoth teria pertencido. Veja bem: a comparação da cauda do Behemoth com o cedro parece ser um exagero, mas na verdade, pode não ser. Acontece que os saurópodes da família Diplodocidae possuíam a cauda forte e incrívelmente longa, começando grossa e se afunilando até a ponta. Um exemplo clássico de dinossauro dessa família é o Diplodocus (imagem acima), de 27 metros de comprimento e cauda tão longa que era utilizada como um potente chicote. Realmente, o Diplodocus devia mover a sua cauda como um tronco de cedro; acredita-se que a potência do dito chicote era tão forte que o estalo de sua cauda no predador quebrava a barreira do som!



DINOSSAUROS COEXISTINDO COM HUMANOS??





No entanto, sabe-se que o fato do Behemoth do capítulo 40 de Jó ser um saurópode é utilizado como argumento em favor de uma Terra jovem, e da coexistência entre humanos e dinossauros.

Cientificamente falando, os mais diversos métodos de datação apontam os saurópodes na Era Mesozóica, ou seja, no intervalo entre 255 e 65 milhões de anos. E essa é uma idade muito antiga, mais antiga que o Dilúvio e que Adão e Eva. O Diplodocus, por exemplo, viveu há 140 milhões de anos antes de Cristo.

Mas então como explicar isso?

Primeiro: O Behemoth era uma criatura "lendária" que compõe a cultura judaica ortodoxa e, tal qual ocorreu com a concepção da maioria das criaturas mitológicas, a concepção judaica do Behemoth pode muito bem ter surgido pelo registro fóssil de uma criatura que realmente existiu, conforme a Bíblia descreve.

Segundo: Acontece que poucos atentam para o fato de que não é Jó que descreve o saurópode, que certamente devia ser conhecido por Jó através de algum esqueleto de saurópode que ele tenha visto, mas sim DeusDeus é quem descreve o Behemoth, e não Jó. E, como Ele esteve presente desde o princípio da Criação, possivelmente Deus mencionou o Behemoth como uma das maiores maravilhas que um dia andou pela Terra. É curioso, também, o ar de ironia de toda a passagem, que na verdade está presente em todo capítulo 38, 39, 40 e 41 de Jó, mas aqui se torna bem evidente na seguinte frase:



"Contempla agora o Behemoth, que eu criei como a ti (...)"



"Contemplar" nesse caso deve ser no sentido de"analise", "observe". Mas não implica necessariamente que, naquele instante, Jó viu um Behemoth diante dele. Jó apenas sabia de sua existência (certamente por ossos), embora provavelmente jamais tenha visto um vivo. Porém o sentido irônico está no "que eu criei como a ti", ou como em outras traduções, "que eu fiz contigo", uma vez que os Diplodocídeos viveram há milhões de anos antes de Cristo...

Uma outra possibilidade para o "contemplar" o Behemoth, também, seria a de que Deus mostrou o Diplodocídeo para Jó em visão, já que o Behemoth não existe mais. Isso é altamente provável, visto que em outras passagens deste mesmo livro dá a entender que Deus mostra em visão para Jó alguns dos fatos da Criação, como a questão da gravidade da Terra. Isso poderia ser aplicado também ao Leviathan, outra criatura "mítica" do livro. Porém, isso não descarta o fato desse animal pertencer á cultura hebraica e ser conhecido por fósseis ou icnofósseis (pegadas).



O JORDÃO E O BEHEMOTH



Mas o que dizer da afirmação que encontramos no versículo 15?




"Eis que se um rio transborda, ele não treme; sente-se seguro ainda que o Jordão se levante até a sua boca."



Se você observar bem esse versículo, ele menciona o Rio Jordão como exemplo, justamente pela profundidade do rio. Vale lembrar que o Rio Jordão como conhecemos hoje se formou após a Era dos Dinossauros. Porém ele, embora mais fundo e muito diferente do que é hoje, existiu no tempo dos saurópodes. Logo isso indicaria que, tomando como exemplo o Rio Jordão, essa criatura não se incomodava se o rio enchesse. E nem precisava encher tanto assim: os diplodocídeos, ao contrário dos outros saurópodes, tinham o corpo um pouco mais plano e o pescoço costumava ficar na horizontal. Logo, bastasse a água subir uns 4 metros já cobriria o animal.


É interessante notar que a Bíblia não fala que o Behemoth era aquático, mas alega que poderia atravessar um rio mesmo cheio. Curiosamente, algumas pesquisas sugerem que alguns saurópodes talvez atravessassem rios inteiros usando as patas dianteiras para impulso, enquanto as de trás ficavam soltas e o corpo flutuando graças a bolsas de ar que esses animais possuíam.

A teoria de Henderson, avaliada por descobertas em alguns fósseis, alega que os saurópodes tinham bolsas de ar localizadas ao longo de sua espinha dorsal. Esses compartimentos permitiam aos saurópode absorver oxigênio de forma mais eficiente à medida que o ar era transportado de seus extensos pescoços até os pulmões. Ao mesmo tempo, as bolsas ajudavam a dissipar o calor excessivo de seus corpos. Porém, essas bolsas também atuavam como gigantescos coletes salva-vidas, que lhes permitiam flutuar na água, ligeiramente inclinados para frente adiante para que as patas dianteiras pudessem tocar o fundo e dar impulso a eles. A teoria explica por que muitas das pegadas de Brachiosaurus encontradas até hoje em locais como o Texas e a península da Coréia correspondem exclusivamente às patas dianteiras. Tal tese, apesar de girar em torno do gênero Brachiosaurus, pode também ser válida para membros da família do Diplodocus.

Em outras palavras, um saurópode poderia atravessar sim um rio tão denso quanto o Rio Jordão. Mas sem dúvida não viveriam debaixo de uma quantidade absurda de água, pois aí a pressão da água esmagaria os seus pulmões. E, consequentemente, a alegação de que se o Behemoth estiver no Ro Jordão não se importa se a água chega até o seu focinho (que, curiosamente, ficava no alto da cabeça) não prova que Jó já o tenha visto ou que o saurópode são animais contemporâneos.

Existem ainda alguns detalhes na passagem bíblica que confirmam o Behemoth como um saurópode diplodocídeo:



- No versículo 19 é dito que Deus o proveu de sua espada. Curiosamente, pesquisas indicam que os saurópodes Diplodocídeos utilizavam a cauda como arma de defesa.

- Além disso, o termo "espada" no mesmo versículo pode remeter á separação, ou divisão, ou mesmo extinção, o que pode ter algum sentido simbólico com relação ao fim da espécie desse animal.

- Nos versículos 21 e 22 descreve o Behemoth com um animal que, ainda que grande, não mais alto que as árvores que o cercam, a ponto das sombras delas o cobrirem. Isso certamente acontecia com o Diplodocus, por exemplo, que mantia o pescoço e o corpo na horizontal. Além disso, os ambientes mencionados nesses mesmos versos, de acordo com o registro fóssil, são realmente ambientes que muitos saurópodes habitavam.
- No versículo 24 fala que ninguém pode apanhá-lo em vigia. Realmente, a reação da cauda de um Diplodocus ao notar um ataque deveria ser imediata.

- No versículo 24 também vemos a menção de que não se pode lhe furar o nariz com um laço. Levando em conta que o "nariz" do Behemoth ficava no alto da cabeça, isso seria realmente difícil...


A Bíblia e os Dinossauros


DINOSSAUROS ESTÃO NA BÍBLIA?
 
Dinossauros ou animais deste grupo são criaturas mencionados na Bíblia. A bíblia utiliza antigas designações como “beemote” e “tannin.” Beemote significa monarca, animal gigantesco . Tannin é um termo que inclui animais do grupo de dragões e das maravilhosas criaturas do mar como baleias, gigante lulas, e répteis marinhos como o plesiosaurs que tornaram-se extintos.
 
A melhor descrição na Bíblia de um dinossauro está em Jó capítulo 40…
“Contempla agora o beemote, que eu fiz contigo, que come erva como o boi.
Eis a sua força está nos seus lombos, e o seu poder, nos músculos do seu ventre.
Quando quer, move a sua cauda como cedro; os nervos da suas coxas estão entretecidos.
Os seus ossos são como tubos de bronze; a sua ossada é como barras de ferro.
Ele é obra-prima dos caminhos de Deus; o que o fez o proveu da sua espada.”

Jó 40:15-19
O livro de Jó é muito antigo, escrito após a enchente no tempo de Noah em todo o mundo e possivelmente por volta de 2,000 anos antes do nascimento de Jesus. Aqui Deus descreve sobre um grande monarca da terra dos animais como alguns dos maiores dinossauros, o Diplodocus e o Apatosaurus. Era um vegetariano gigantesco com músculos enormes e ossos muito fortes. O longo Diplodocus tinha ossos tão fortes nas pernas que ele podia ter segurado três outros nas costas deles.

Os beemotes não tinham medo. Eles não tinham necessidade de ter; eles eram enormes. As caudas dos beemotes eram tão compridas e fortes que Deus comparou à eles como cedros, umas das maiores e espetaculares árvores do mundo antigo.
 
Depois de todos os beemotes terem morrido, muitas pessoas esqueceram sobre eles. Dinossauros foram extintos e os fósseis, esqueletos, que estão em museus hoje não começaram a ser colocados juntos até 150 anos atrás. Hoje em dia , algumas pessoas acham erradamente que o “beemote” mencionado na Bíblia possa ser um elefante ou um hipopótamo. Mas esses animais não têm caudas como os troncos grossos e altos das árvores de cedro!
 
PORQUE DEUS CRIOU OS DINOSSAUROS?
 
Todos animais, incluindo o primeiro dinossauro, foram criados para beneficiar a humanidade de um jeito ou de outro.
O propósito de Deus para o vários tipos de dinossauros ainda é um mistério. Talvez o maior dos dinossauros manteve certos tipos de abundante vida vegetal sob controle e mostrou os caminhos através da floresta. Usando seus pescoços compridos , alguns dinossauros poderiam ter comido folhagem do topo das árvores altas. Em uma vasta floresta, isto poderia deixar a luz descer ao solo e assim pequenas plantas poderiam ter a oportunidade de crescer.
 
Deus trouxe muitos animais para Adão para sua pessoal inspeção; os dinossauros talvez tenham sido incluído. Deus olhava para ver o que Adão pensava de todos estas criaturas admiráveis . Ele esperou enquanto Adão criava um nome para cada um (Gênesis 2:19). Cada novo animal deve ter sido uma surpresa interessante, exibindo o poder e a criatividade de seu Criador.
 
Por que Deus inventou tantos tipos de animais, tão belos, interessantes e surpreendentes? Talvez porque Ele queria agradar o Homem com Seu poder, sabedoria e amor.
 
Parte do propósito de Deus para a criação de tipos específicos de dinossauros que se tornaram enormes, era certamente para impressionar o Homem. Dinossauros mostraram o grande poder do Criador. Não importa o quanto grande eles se tornaram, Adão sabia que Deus era sempre muito maior. Deus concebeu todas as parte deles, até a mais pequena célula. Mesmo o maior dinossauro era como um cãozinho obediente nas mãos poderosas de Deus.

Tetragrama YHVH – O Nome

O Tetragrama Sagrado YHVH ou YHWH (mais usado), (יה-וה, na grafia original, o hebraico), refere-se ao nome do Deus de Israel em forma escrita já transliterada e, pois, latinizada, como de uso corrente na maioria das culturas atuais. A forma da expressão ao declarar o nome de Deus YHVH (ou JHVH na forma latinizada) deixou de ser utilizada há milhares de anos na pronúncia correta do hebraico original (que é declarada como uma língua quase que completamente extinta). As pessoas perderam ao longo das décadas a capacidade de pronunciar de forma satisfatória e correta, pois a língua precisaria se curvar (dobrar) de uma forma em que especialistas no assunto descreveriam hoje em dia como impossível.
Originariamente, em aramaico e hebraico, era escrito e lido horizontalmente, da direita para esquerda יה-וה; ou seja, HVHY. Formado por quatro consoantes hebraicas — Yud י Hêi ה Vav ו Hêi ה ou יה-וה, o Tetragrama YHVH tem sido latinizado paraJHVH já por muitos séculos.

As letras da direita para esquerda segundo o alfabeto hebraico são:
HebraicoPronúnciaLetra
י Yodh ou Yud “Y”
ה He ou Hêi “H”
ו Waw ou Vav “V”
ה He ou Hêi “H”

O tetragrama aparece 6.828 vezes — sozinho ou em conjunção com outro “nome” — no texto hebraico do Antigo Testamento, a indicar, pois, tratar-se de nome muito conhecido e que dispensava a presença de sinais vocálicos auxiliares (as vogais intercalares).

Os nomes YaHVeH (vertido em português para Javé), ou YeHoVaH (vertido em português para Jeová), são transliterações possíveis nas línguas portuguesas e espanholas, mas alguns eruditos preferem o uso mais primitivo do nome das quatro consoantes YHVH; já outros eruditos favorecem o nome Javé (Yahvéh ou JaHWeH). Ainda alguns destes estudiosos concordam que a pronúncia Jeová (YeHoVaH ou JeHoVáH), seja correcta, sendo esta última a pronúncia mais popular do Nome de Deus em vários idiomas.


(Letras Hebraicas י (yod) ה (heh) ו (vav) ה (heh), ou Tetragrama YHVH[]Na Bíblia Hebraica e Septuaginta Grega


YHWH grafado em páleo-hebraico, em fragmento daSeptuaginta Grega ainda usada no Século I

A antiguidade e legitimidade do Tetragrama como O Nome de Deus para os judeus pode ser comprovada na conceituada tradução para o grego da Bíblia Hebraica, chamada Septuaginta Grega, onde o Tetragrama aparece escrito emhebraico arcaico ou páleo-hebraico. Foram encontrados fragmentos de cópias primitivas da LXX (Papiro LXX Lev. b, Caverna n.º 4 de Qumran, datado como sendo do Século I a.C.) onde o Tetragrama YHWH’ é representado em letras gregas (Levítico 3:12; 4:27).

Estudos revelam que apenas em cópias posteriores da Septuaginta Grega, datadas do final do Século I d.C. em diante, os copistas começaram a substituir o Tetragrama YHWH por Kýrios, que significa SENHOR (em letras maiúsculas) e por Theós, que significa Deus. Essa foi a razão de YHWH ter desaparecido graficamente do texto do Novo Testamento em algumas traduções bíblicas.
Outros conceitos sobre o Deus YHWH

Outros estudiosos encaram YHWH como um Deus da natureza adorado no Sul de Canaã e pelos nômades dos desertos circundantes, intimamente ligado ao Monte Horebe, na Península do Sinai. Segundo o livro bíblico de Gênesis, foi o Deus YHWH que se revelou ao semita Abrão (depois chamado de Abraão) em Ur, na Baixa Mesopotâmia. Historicamente, surge aqui o princípio do monoteísmo hebraico no interior de uma sociedade fortemente politeísta.

O Deus YHWH é deste modo identificado como a Divindade que causou o Dilúvio Bíblico. É o Deus de Adão, de Abel, de Enoque e de Noé. É o Criador do Universo e de todas as formas de vida na Terra. É também chamado porAdonai (Soberano Senhor), Elohim (Deus, e não deuses, visto que trata-se de plural majestático[1] e cristãos têm afirmado que a forma plural teria o sentido de plural majestático[2]), HaAdón (o [Verdadeiro] Senhor), Elyón (Deus Altíssimo) e El-Shadai (Deus Todo-poderoso).

Assim, o Deus YHWH se assume como um Deus familiar, o “Deus de Abraão, de Isaque e Jacó”, protector da linhagem do “descendente” [ou “semente”] de Abraão. De seguida, torna-se no Deus das 12 tribos de Israel. É o Deus Libertador do povo de Israel da escravidão no Egipto e quem o faz conquistar a terra de Canaã. Para tal, revela-se a Moisés, a quem entrega seus Dez Mandamentos no monte Sinai. Para sua adoração e cumprimento de sua Lei, são constituídos sacerdotes os da tribo de Levi, ou Levitas, sob a liderança do Sumo Sacerdote, da linhagem de Aarão.

Com o estabelecimento da Monarquia do Antigo Israel, e mesmo após a divisão do Reino, emerge o papel dos profetas do Antigo Testamento como porta-vozes especiais do Deus YHWH. Tornam-se desse modo figuras-chave na vida religiosa, com uma autoridade única. Também consolidam a ideia da vinda do Messias como o “Ungido” de YHWH, descendente da Tribo de Judá e da Casa Real de David.
Temerosos em transgredir a Lei de Deus

O Tetragrama YHWH no alfabeto fenício, aramaico ehebraico moderno.

Para alguns estudiosos da literatura judaica, o nome do Eterno era impronunciável, e segundo a explicação científica dos judeus, passaram a não pronunciar o nome do Eterno Todo Poderoso porque sentiam-se temerosos em transgredir o terceiro mandamento do Eterno no Decálogo:

“Não tomarás o nome de YHWH, teu Deus, em vão, pois YHWH não considerará impune aquele que tomar seu nome em vão.” Êxodo 20:7

Assim, em determinado período, surgiu entre os judeus uma ideia supersticiosa, de que era errado até mesmo pronunciar o Tetragrama YHWH. Não se sabe exatamente em que se baseou a descontinuidade do uso deste nome. Alguns sustentam que o nome era considerado sagrado demais para ser proferido por lábios imperfeitos. Mas uma pesquisa no Velho Testamento não revela nenhuma evidência de que quaisquer dos adoradores de YHWH alguma vez hesitassem em proferir o nome Dele.

Documentos hebraicos não-bíblicos, tais como as chamadas Cartas de Laquis (escritas em fragmentos de cerâmica encontradas em Tell ed-Duweir em 1935 e outras três em 1938), mostram que YHWH era usado na correspondência comum na Palestina na última parte do Século VII A.C. Em todas as cartas legíveis se encontram expressões como:“Que יהוה [YHWH] faça que meu senhor ouça hoje mesmo notícias de paz.” Provando que o Nome nunca foi esquecido. Lachish Ostracon IV, Ancient Near Eastern Texts, p. 322.[3].

Outro conceito sustenta que se pretendia impedir que povos não-judeus (gentios) conhecessem O Nome e possivelmente o usassem mal. Todavia, o antigo Testamento afirma que o próprio YHWH faria com que Seu nome “fosse declarado em toda a Terra”, para ser conhecido até mesmo pelos seus adversários. (Êxodo 9:16; Isaías 64:2; Jonas 1:1,17) O Nome do Deus de Israel era conhecido e usado por nações pagãs (politeístas) tanto antes da Era Cristã como nos primeiros séculos dela.[4] . “Como é impossível que YHWH minta, só quem mentiu foi o seu povo dizendo que esquecera a pronúncia!”, dizem algumas seitas, como “Os testemunhas de Yahushua” (Ver artigo do nome original de Jesus / Yeshua – particularmente em O nome árabe ), autodenominados “Ohol ou Oholyao”, e outras variantes recentes como “Os testemunhas (ou irmãos) de Yaohushua” [1]. Acreditam nos conceitos cristãos, sendo cristãos em doutrina, diferindo apenas no uso do que acham ser o nome correto de Jesus como fonte de salvação da seita. Eles negam a lei judaica (Toráh) e as takanot (tradições) judaicas.

Já outros não-judeus (gentios) que desejem se agregar à crença à YHWH são orientados (pelo Judaísmo) de maneira bem diferente quanto ao trato com o nome do Deus YHWH (“Lei de Noé” Nº01: “Não cometer idolatria”), o que é interpretado principalmente como preservar o nome YHWH, assim como explicam, não tomando o nome em ocasiões ou cultos vãos [2].
A origem da superstição


O Nash Papyrus (Século II a.C.) contém uma parcela do texto pré-Massorético, especificamente os Dez Mandamentos.

Não existem certezas do(s) motivo(s) originalmente apresentado(s) para se descontinuar a pronúncia correcta do Tetragrama YHWH, assim como também há muita incerteza quanto à época em que tal conceito supersticioso se iniciou. Alguns afirmam que começou após o Exílio Babilónico. Mas o profeta Malaquias foi um dos últimos escritores do Velho Testamento na última metade do Século V a.C., e dá grande destaque ao Nome Divino.

Outras obras de referência sugerem que O Nome deixou de ser usado por volta de 300 a.C.. Evidência para esta data foi supostamente encontrada na ausência do Tetragrama (ou de uma transliteração dele) na tradução Septuaginta Grega, iniciada por volta de 280 a.C.. É verdade que as cópias mais completas dos manuscritos da Septuaginta Grega agora conhecidas seguem uniformemente o costume de substituir o Tetragrama YHWH por expressões substitutas. No entanto, estes manuscritos principais remontam apenas ao Século IV e ao século V. Descobriram-se recentemente cópias mais antigas da Septuaginta Grega que continham o Tetragrama YHWH, embora em forma fragmentária.

Uma delas, descoberta no Egipto, são os restos fragmentários dum rolo de papiro da LXX com uma parte de Deuteronómio (32:3,6) identificado como Papiro Fouad Inventário n.° 266. Apresenta 49 vezes o Tetragrama YHWH, escrito em caracteres hebraicos quadrados, em cada ocorrência no texto hebraico traduzido. Registram-se mais três ocorrências de YHWH em fragmentos não identificados (116, 117 e 123). Os peritos datam este papiro como do Século I a.C. , e neste caso, foram escritos quatro ou cinco séculos antes dos manuscritos já mencionados.

Comentando que os fragmentos mais antigos da Septuaginta Grega realmente contêm YHWH, o Dr. P. Kahle diz:

“Sabemos agora que o texto grego da Bíblia [a Septuaginta], no que tange a ter sido escrito por judeus para judeus, não traduziu o nome divino por Kýrios, mas o Tetragrama escrito com letras hebraicas ou gregas foi retido em tais manuscritos. Foram os cristãos que substituíram o Tetragrama por Kýrios, quando o nome divino em letras hebraicas não era mais entendido’.”[5]
Assim, pelo menos em forma escrita, não existe evidência sólida de qualquer desaparecimento ou abandono da pronúncia do Tetragrama YHWH no período a.C..

No Século I, surge pela primeira vez alguma evidência duma atitude supersticiosa para com esse nome. Flávio Josefo, historiador judeu que descendia duma família sacerdotal, após narrar a revelação que Deus forneceu a Moisés no local do espinheiro ardente, ao falar sobre pronúncia do Nome de Deus do Tetragrama YHWH menciona apenas:

“O Nome sobre o qual estou proibido de falar.”[6]
Esta mudança ocorreu nas traduções gregas da Septuaginta nos séculos que se seguiram à morte de “Jesus Cristo” (Yeshua) e de seus apóstolos. Na versão grega de Áquila, que data do século II d.C., e na Hexapla de Orígenes, que data por volta de 245,YHWH ainda aparecia em caracteres hebraicos.[7]

Ainda no Século IV, Jerônimo de Strídon, perito bíblico e tradutor da Vulgata Latina, diz no seu prólogo dos livros bíblicos de Samuel e de Reis:

“E encontramos o nome de Deus, o Tetragrama, em certos volumes gregos mesmo hoje, expresso em letras antigas.”[8]

A pronúncia do Tetragrama YHWH


O Códice Leningrado, do Século XI

Na segunda metade do primeiro milénio na nossa era, os escribas conhecido por massoretas introduziram um sistema de sinais vocálicos para facilitar a leitura do texto consonantal em hebraico que poderia conduzir a inúmeros significados e em vez de inserir os sinais vocálicos correctos de YHWH, colocaram outros sinais vocálicos para lembrar ao leitor que ele devia dizer Adhonai (“Soberano Senhor”) ou Elohím (“Deus”).[9]

O Códice de Leningrado, do Século XI, tem no Tetragrama YHWH, sinais vocálicos para orar a Yehvíh, Yehváh e Yehováh. A edição de Ginsburg do texto massorético tem sinais vocálicos para que ore a Yehováh. (Gênesis 3:14) Os hebraístas em geral são a favor de Yahvéh como a pronúncia mais provável. Salientam que a forma abreviada do nome é Yah (ou Jah, na forma latinizada), como no Salmo 89:8 e na expressão HaleluYah (que significa “Louvai a Jah!”; em português, é vertida por Aleluia). Também as formas Yehóh, Yoh, Yah e Yahu, encontradas na grafia hebraica dos nomes Jeosafá, Josafá, Sefatias e outros, podem todas ser derivadas de Yahwéh. As transliterações gregas feitas pelos primitivos escritores cristãos indicam uma direcção algo similar. Ainda assim, de modo algum há unanimidade sobre o assunto entre os peritos.

A posição actual das Testemunhas de Jeová sobre este ponto resume-se ao seguinte: Visto que, actualmente, não se pode ter certeza absoluta da pronúncia do nome de Deus, parece não haver nenhum motivo para abandonar a forma bem conhecida, Jeová (em português), em favor de Javé ou outra forma hipotética. Se tal mudança fosse feita, então, a bem da coerência, deviam ser feitas alterações na grafia e na pronúncia de uma infinidade de outros nomes encontrados na Bíblia. Por exemplo, no caso de Jeová ser alterado para Javé, Jeremias seria mudado para Yir.meyáh, Isaías se tornaria Yesha.yá.hu, e Jesus seria pronunciado Yehoh.shú.a em hebraico ou I.e.soús, no grego. Assim, para as Testemunhas de Jeová, conhecer, usar e divulgar o nome pessoal de Deus é considerada a questão mais importante, mesmo que não se conheça a pronúncia original deste nome sagrado.
Significado

O significado exato do Tetragrama YHVH ainda é objeto de controvérsia entre os especialistas. Em Êxodo 3:14, YHVH disse a Moisés: “Ehiéh ashér ehiéh.” Segundo muitas traduções da Bíblia, esta expressão, encontrada no texto hebraico significa: “Serei o que Serei.” – Almeida Revista e Atualizada. E assim também compreenderam os tradutores da Versão dos Setenta: “Ego eimi ho ôn”. Disse Deus a Moisés: “Eu sou Aquele que é”. Disse mais: “Assim dirás aos filhos de Israel: ‘EU SEREI me enviou até vós.’ “ – Bíblia de Jerusalém.

Esta expressão “Eu sou o que sou” é usada como título para Deus, para indicar que ele realmente existia. Isso corresponde a “Eu sou aquele que é”, “Eu sou o existente”. YHVH estaria assim confirmando sua própria existência.

Outras traduções vertem: Serei o que eu for. A Tradução dos Vinte e Quatro Livros das Escrituras Sagradas, em inglês, do Rabino Isaac Leeser, verte como segue: “E Deus disse a Moisés: Serei o que eu for: e ele disse: Assim dirás aos filhos de Israel: SEREI enviou-me a vós. – [10]

A Bíblia Enfatizada, de Joseph Bryant Rotherham, em inglês, verte Êxodo 3:14 como segue: “E Deus disse a Moisés: Tornar-me-ei aquilo que me agradar. E ele disse: Assim dirás aos filhos de Israel: Tornar-me-ei enviou-me a vós.” A nota ao pé da página, sobre este versículo, diz em parte: “Hayah [palavra vertida acima ‘tornar-se’] não significa ‘ser’ essencial ou ontologicamente, mas fenomenalmente. . . . O que ele será não é expresso — Ele estará com eles, ajudador, fortalecedor, libertador.” De modo que esta referência não é à auto-existência de Deus, mas, antes, ao que ele pensa tornar-se para com os outros. – [11] Ou: Mostrarei ser o que eu mostrar ser. – Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.

Para estes estudiosos, isto significa que YHVH podia adaptar-se às circunstâncias, e que, o que quer que ele precisasse tornar-se ou mostrar ser em harmonia com seu propósito, ele podia tornar-se e se tornaria ou mostraria ser. Explicam que o verbo hebraico ha•yáh, do qual deriva a palavra Eh•yéh, não significa simplesmente “ser”. Antes, significa “vir a ser; tornar-se”, ou “mostrar ser”. Entendem que segundo a raiz do Tetragrama na língua hebraica, o Tetragrama pode significar “Ele Causa que Venha a Ser ou Mostrar Ser”, quer dizer, com respeito a Si mesmo e com respeito ao que Ele se tornará ou mostrará ser, e não com respeito a criar coisas. Para estes tradutores, Deus não estaria apenas confirmando sua própria existência, mas ensinando o que esse nome implica. YHVH ‘mostraria ser’, faria com que ele mesmo se tornasse o que quer que fosse preciso para cumprir as suas promessas.

A nota ao pé da página sobre Êxodo 3:14 de “O Pentateuco e as Haftorás”, texto hebraico com tradução e explanação em inglês, editado pelo Dr. J. H. Hertz comenta: “A maioria dos modernos segue Rashi em verter ‘Serei o que eu for’; ou, nenhumas palavras podem resumir tudo o que Ele será para o Seu povo, mas a Sua fidelidade eterna e sua misericórdia imutável manifestar-se-ão cada vez mais na orientação de Israel. A resposta que Moisés recebe nestas palavras, portanto, é equivalente a: ‘Salvarei do modo em que eu salvar.’ É para assegurar aos israelitas o fato da libertação, mas não revela a maneira.” — [12]

Entende-se que este nome sagrado, na realidade, é um verbo, a forma causativa, indefinida, do verbo hebraico hawáh. Assim, segundo estes estudiosos, o Tetragrama YHVH significa “Ele Causa que Venha a Ser”. Mostre Ser ou:Mostrará Ser, incorporando em si mesmo um propósito. Assinala o Portador deste nome exclusivo como Aquele Que Tem um Propósito.

Assim, os eruditos não estão totalmente de acordo a respeito do significado do nome de Deus. Muitos traduzem a expressão encontrada no texto hebraico: Eu sou o que sou. Outros, depois de extensas pesquisas sobre o assunto, acreditam que o nome é uma forma do verbo hebraico hawáh (tornar-se, vir a ser), significando “Ele Causa que Venha a Ser”.
Frequência nos escritos originais
Soletração do Tetragrama no texto massorético Hebraico com pontos vocálicos em vermelho.

Muitos eruditos e tradutores da Bíblia defendem que se siga a tradição de eliminar o nome de Deus. Alegam que a incerteza a respeito da pronúncia do Tetragrama YHWH justifica a eliminação, e também sustentam que a supremacia e a existência ímpar do Verdadeiro Deus tornam desnecessário que Ele tenha um nome específico para se diferenciar dos “demais deuses”. Mas este conceito não encontra apoio na Bíblia, quer no Antigo Testamento, quer no Novo Testamento.

O Tetragrama YHWH ocorre 6.828 vezes no texto hebraico da Bíblia Hebraica de Kittel (BHK) e da Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS). A frequência em que aparece o Tetragrama atesta a sua importância. Seu uso em todas as Escriturasultrapassa em muito, o de quaisquer nomes-títulos, tais como “Soberano Senhor (em hebr. Adhonai)”, “o [Verdadeiro] Senhor” (em hebr. Ha Adhóhn), Altíssimo (em hebr. Elyón) “o [Verdadeiro] Deus” (em hebr. Ha Elohím) e “Deus” (em hebr.Elohím).

É digno de nota a importância atribuída aos nomes próprios entre os povos semíticos.

O Prof. George Thomas Manley indica:

“O nome não é simples rótulo, mas é representativo da verdadeira personalidade daquele a quem pertence. … Quando uma pessoa coloca seu nome numa coisa ou em outra pessoa, esta passa a ficar sob sua influência e proteção.”[13]

Alguns exemplos do uso dos nomes próprios nas Escrituras Hebraicas:
Gênesis 27:36;
I Samuel 25:25;
Salmos 83:18
Salmos 20:1;
Provérbios 22:1.n.
Uso moderno

Algumas versões da Bíblia, transcrevem o Tetragrama como Yahweh, Yavéh ou Javé :
A Bíblia de Jerusalém – edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição de 2002) da edição francesa Bible de Jérusalem:
Transcreve o nome pessoal de Deus como Yahweh.
BÍBLIA Mensagem de Deus (Edições Loyola de 1983):
Transcreve o nome pessoal de Deus como Javé, exceto nos Salmos ao falar sobre as adaptações no Livro:

“Sem falar em certas adaptações como o uso da palavra Senhor em vez de Javé, que de modo algum corresponderia à sensibilidade cristã.”[14]
Outras versões da Bíblia, transcrevem o Tetragrama como Jeová:

A King James Version (autorizada), 1611:
Transcreve quatro vezes como o nome pessoal de Deus (todos em textos considerados de importância), por exemplo, Êxodo 6:3; Salmo 83:18; Isaías 12:2; Isaías 26:4; e três vezes junto a nomes de lugares: Gênesis 22:14; Êxodo 17:15; e Juízes 6:24.
A Versão de Padrão Americana, edição 1901:
Traduz consistentemente o Tetragrama como Je-ho’vah em todos os 6.823 lugares onde ocorre nas Escrituras Hebraicas.
A Nova bíblia Inglesa:
Publicada pela imprensa da Universidade de Oxford, 1970, por exemplo Génesis 22:14; Êxodo 3:15,16; 6:3; 17:15; Juízes 6:24 ;
A Bíblia Viva:
Publicada por Publishers de Tyndale House, Illinois 1971, por exemplo Génesis 22:14, Êxodo 4:1 – 27; 17:15;Levítico 19:1 – 36; Deuteronômio 4:29, 39; 5:5, 6; Juízes 6:16, 24; Salmos 83:18; 110:1; Isaías 45:1, 18; Amós 5:8; 6:8; 9:6;
A Versão de João Ferreira de Almeida, a Almeida Revista e Corrigida, de 1693:
Empregou milhares de vezes na forma JEHOVAH, como se pode ver na reimpressão, de 1870, da edição de 1693. A Edição Revista e Corrigida (1954) retém o Nome em sua forma moderna (Jeová) em lugares tais como Salmo 83:18; Isaías 12:2 dentre outros, e extensivamente, no livro de Isaías, Jeremias e Ezequiel.[15]
La Santa Bíblia – Version Reina-Valera (1909):
Traduz quase todas as vezes integralmente como Jehova.
A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, New York, Inc. , 1961 e revisada em 1984. Traduz o Tetragrama quase 7.000 vezes nas Escrituras Hebraicas (Antigo Testamento) e muitas outras vezes nos escritos Gregos-Cristãos (Novo Testamento).

Visto que a pronunciação original de יהוה é desconhecida, e visto que já por séculos o uso da tradução Jeová passou a ser amplamente divulgado e estabelecido entre muitos cristãos, tornando-se uma pronúncia familiar em muitos idiomas, vários grupos religiosos, mais notavelmente asTestemunhas de Jeová, continuam a usá-la, ainda que muitos outros grupos religiosos favoreçam a pronúncia Javé ou Yahvé, ou mesmo o titulo SENHOR.
Vaticano

Em uma carta datada de 29 de junho de 2008, o Vaticano emitiu uma nota oficial, orientando para que o nome Iavé deixe de ser utilizado no serviço litúrgico católico romano. A medida não afetaria significativamente a linguagem litúrgica, uma vez que o termo não consta das traduções oficiais dos missais romanos, mas implicaria na modificação de alguns hinários. O nome YHWH continuaria a ser utilizado na leitura do Lecionario e de Bíblias católicas romanas.[16][17].

Outros usos de YHWH


Geneva Bible, 1560. (Salmo 83:18)

Sendo amplamente conhecido, durante séculos antes da era comum não havia dúvidas quanto à sua pronúncia, o que explica a ausência de um abjad – um sistema de escrita com símbolos das letras que representam as consoantes.

A tradição religiosa dos judeus, especialmente a sua tradição esotérica e mística, a cabala, considera o Nome de Deus tão sagrado quanto impronunciável. Não se sabe ao certo a origem de tal tradição, ou como ela se desenvolveu com o tempo. Crê-se que se tenha originado no alegado receio de desobedecer o 3º dos Dez Mandamentos, ou Decálogo, dados a Moisés. “Não pronunciarás em falso o nome de Yeová [YHWH] teu Deus, porque Yeová [YHWH] não deixará impune aquele que pronunciar em falso o seu nome.” (Êxodo 20:7, BJ – A proibição seria sobre o mau uso do Nome Divino, não sobre o seu uso.)

De qualquer maneira, os judeus em algum período pós-exílico, adotaram a palavra hebraica ‘Adho.nái (que significa “Soberano Senhor”) ao pronunciarem o Tetragrama Sagrado. Assim, YHWH recebeu sinais vocálicos – colocados por copistas judeus chamados massoretas – de forma que fosse pronunciado Adonai. Sendo assim, ficou reservado apenas aos copistas e sacerdotes a correcta pronúncia de YHWH codificada num sistema de sinais vocálicos.

A pronúncia Jeová, além de aparecer em algumas versões bíblicas, também é usada pelos maçons, e rosacruzes. As correntes ligadas ao Cristianismo Esotérico, tais como a Gnose e a Rosacruz, identificam esse Tetragrama como designação do Espírito Santo, e não do Deus-Pai.
[]Na Cabala judaica

Segundo a Cabala Judaica, a Torá teria sido revelada a Moisés no alto do Monte Sinai, e ele teria registrado de forma escrita aquilo que só poderia ser entendido directamente de Deus, garantindo assim que permaneça impronunciável. Afirmam uma eventual relação do Tetragrama com o nome de Adão (Yode) e Eva (Chavah) no Génesis, já que Yode-cHaVaH é exactamente YHWH, o Tetragrama Sagrado, dando a entender uma relação mais profunda ainda entre o “Senhor Deus” e sua obra.

Com o decorrer do tempo, os judeus adoptaram outras expressões substitutas para se referir ao Tetragrama Sagrado: “O Nome”, “O Bendito” ou “O Céu”.

Na Cabala, as palavras correspondem a valores que são calculados usando-se uma atribuição de valores às letras do alfabeto hebraico. Isto chama-se gematria. É considerado um dos mais importantes mecanismos de interpretação do texto bíblico usados pelos cabalistas e místicos judeus. Usando gematria, os cabalistas calculam o valor numérico do Tetragrama Sagrado como sendo 26 (Yode = 10, Hê = 5, Vau = 6, Hê = 5; 10 + 5 + 6 + 5 = 26 ), cujo número menor é 8 (2+6). Para os rabinos, o número 26 também é sagrado pois identifica-se com o Tetragrama YHWH. Os ocultistas interpretam o Tetragrama YHWH e outros símbolos cabalisticos como signos mágicos poderosos capazes de abrir as portas da consciência humana.
[]“Jeová” ou “Javé”?


Nome IEHOVAH escrito numa parede de uma igreja norueguesa. (Fonte: O Nome Divino na Noruega)

Apesar da discussão sobre sua origem e significado, muitos afirmam que os sons vocálicos originais do Tetragrama YHWH jamais serão conhecidos [carece de fontes], estando perdida a pronúncia original. Tal posição tem levado a debates apaixonados sobre o assunto, tanto por parte de eruditos como de religiosos, o que têm produzido interessantes conclusões.

Alguns argumentam que se o nome de Deus fosse Jeová, não se falaria aleluia (Hallelu Yah), e sim aleluieo ou Hallelu Yeho – (“Glória a Yehowah” Jeová). Mas Hallelu Yah – (Jah seja louvado”).

Esta controvérsia vem sendo travada por muitos anos. Atualmente, muitos eruditos parecem favorecer o nome “Javé” (ou “Iahweh”), de duas sílabas. Mesmo assim, o Hebraico ou Aramaico, não se usava vogais, era apenas composta por consoantes.

Mas, considerando alguns exemplos de nomes próprios encontrados na Bíblia, que incluem uma forma abreviada do nome de Deus na tradução Jeová, George Wesley Buchanan, professor emérito no Seminário Teológico de Wesley, Washington DC,Estados Unidos, afirma que esses nomes próprios podem fornecer indicação de como se pronunciava o nome de Deus.

Jehovah em manuscritos de William Blake.

George Wesley Buchanan explica:

“Na antiguidade, os pais muitas vezes davam aos filhos o nome de suas deidades. Isto significa que pronunciavam os nomes dos filhos assim como se pronunciava o nome da deidade. O Tetragrama foi incluído em nomes de pessoas, e eles sempre usavam a vogal do meio.”
Por exemplo, Jonatã aparece como (Yo•na•thán ou Yeho•na•thán) na Bíblia hebraica, significa “YHWH deu”. O nome do profeta Elias é ’E•li•yáh ou ’E•li•yá•hu. Segundo o Professor Buchanan, Eliassignifica: “Meu Deus é [YHWH].” Da mesma forma, o nome hebraico para Jeosafá (Yeho•sha•phát), significa “YHWH julgou”.

A pronúncia do Tetragrama com duas sílabas, como “Javé” (ou “Yahweh”), não permitiria a existência do som da vogal ‘O’ como parte do nome de Deus. Mas, nas dezenas de nomes bíblicos que incorporam o nome divino, o som desta vogal do meio aparece tanto nas formas originais como nas abreviadas, como em Jeonatã e em Jonatã.

O Professor Buchanan[18] diz a respeito do Nome Divino:

“Em nenhum caso se omite a vogal oo ou oh. A palavra era às vezes abreviada como ‘Ya’, mas nunca como ‘Ya-weh’. . . . Quando o Tetragrama era pronunciado com uma só sílaba, era ‘Yah’ ou ‘Yo’. Quando era pronunciado com três sílabas, era ‘Yahowah’ ou ‘Yahoowah’. Se fosse alguma vez abreviado a duas sílabas, teria sido como ‘Yaho’.” – Biblical Archaeology Review.




JEHOVA em trechos de Raymond Martin em Pugio Fidei adversus Mauros et Judaeos de 1270 (pag. 559).

Segue-se outra declaração feita pelo hebraísta Wilhelm Gesenius, no Dicionário Hebraico e Caldaico das Escrituras do Velho Testamento (em alemão):

“Os que acham que יהוה [Ye-ho-wah] era a pronúncia real [do nome de Deus] não estão totalmente sem base para defender sua opinião. Assim se podem explicar mais satisfatoriamente as sílabas abreviadas והי [Ye-ho] e יו [Yo], com que começam muitos nomes próprios.”
Na introdução da tradução de (Os Cinco Livros de Moisés), Everett Fox afirma:

“Tanto as tentativas antigas como as novas, para recuperar a pronúncia ‘correta’ do nome hebraico [de Deus], não foram bem-sucedidas; não se pode provar conclusivamente o ‘Jeová’ que se ouve às vezes, nem o padrão erudito ‘Javé’ ‘Iahweh’.”[19]

O nome JEHOVAH exibido numaIgreja Vétero-Católica) de Olten, Suíça,1521.

Os estudos eruditos continuarão. Os judeus deixaram de pronunciar o nome de Deus antes dos massoretas desenvolverem o sistema de pontos vocálicos. Não há como se provar quais vogais acompanhavam as consoantes YHWH (יהוה).

Ainda assim, os nomes próprios de personagens bíblicos fornecem indício da antiga pronúncia do nome de Deus. Assim, alguns eruditos concordam que a pronúncia “Jeová”, seja correcta.

O TANQUE DE SILOÉ


Pedra do túnel de Ezequias com escrito em hebraico antigo
O tanque de Siloé, aonde Jesus enviou o cego para que fosse curado, está localizado no vale do Tiropeón, no extremo inferior do canal subterrâneo de Ezequias (túnel de Siloé). A inscrição de Siloé tirada das paredes do túnel do rei Ezequias.


  Está escrita em idioma hebraico antigo, e diz o seguinte: "Pare a escavação! EstA tem sido a história da escavação. Enquanto os escavadores estavam levantando sua acha, cada um na direção do seu companheiro, e enquanto faltavam ainda três covados [ para ser escavado,cada um ouviu ] a voz do outro que chamava seu companheiro, devido ao fato de haver um excesso de rocha à direita e à (esquerda).E no dia da escavação, os obreiros escavavam até encontrar seu companheiro, acha com acha, e ali fluíram as águas,desde a fonte até o tanque, por 1,200 côvados; e....era de um côvado a altura da rocha sobre a cabeça dos operários".




fragmentos de pedra do túnel de Ezequias





Tanque de Siloé, piso com pedras duras e bem ajustadas
Tanque de Siloé e saída para o túnel de Ezequias
Vista do túnel para o tanque de Siloé







Este canal trazia água até a cidade desde o manancial de Gibom (o manancial da Virgem)."As águas que fluíam através do túnel de 530 metros até este tanque, chamado Siloé ,do outro lado do vale de Cedrom.
Água fluindo no túnel de Ezequias

Água limpa e clara no túnel de Ezequias

 O tanque era utilizado com muita frequência pelos habitantes de Jerusalém que o consideravam sagrado. O fundo de Exploração Palestina empreendeu escavações no lugar em 1896-97, e traçou 34 degraus que desciam até o tanque.

Tanque de Siloé - escada com 34 degraus

 A parte principal desta escada foi construída de pedras duras e bem ajustadas, postas sobre um leito de lascas de pedras e de argamassa de cal, mas a outra porção dos degraus estava cortada em rocha natural e as marcas estavam"bem gastas pela passagem de tantos pés".

Escadaria próxima do tanque de Siloé

Degraus de acesso ao tanque de Siloé
Localização do Tanque de Siloé no mapa da velha Jerusalém
 O contorno do antigo tanque demostrava que o antigo tinha sido duas vezes maior que o atual. Os escavadores também encontraram as bem conservadas ruínas do edifício abobadado de uma igreja construída ali pela Imperatriz Eudóxia no século onze.

 As torres de Siloé, que derrubou e matou 18 pessoas,estavam nesta área( Lc 13:4), mas não se têm encontrado vestígios definitivos dela.