Estátua gigante encontrada no Cairo não é de Ramsés 2º

Após análises, arqueólogos descartam suspeita inicial. Escultura de 8 metros pode retratar Psamético 1º. Faraó ficou conhecido por ter trazido estabilidade ao Egito.

Estátuas foram encontradas durante escavações em Heliópolis

O ministro de Antiguidades do Egito, Khaled al-Anani, anunciou nesta quinta-feira (16/03) que a estátua gigante encontrada numa escavação na área suburbana do Cairo não é do faraó Ramsés 2º, como suspeitavam inicialmente arqueólogos.

Segundo Anani, a estátua de 8 metros de altura pode retratar Psamético 1º, que governou o Egito há mais de 2,5 mil anos, entre 664 e 610 antes de Cristo. Se confirmado, este será a maior escultura já descoberto do Período Tardio.

"Não vamos ser categóricos, mas há uma grande possibilidade de ser Psamético 1º", disse Anani.

Moradores fazem fotos com parte de estátua

Psamético 1º é conhecido por ter trazido estabilidade ao Egito, após anos de agitação. Ele governou a região por mais de 50 anos e cerca de 600 anos depois de Ramsés 2º.

Um time de arqueólogos egípcios e alemães encontrou na semana passada duas estátuas de faraós na zona arqueológica de Ain Shams, na antiga cidade de Heliópolis, que agora é um bairro da capital egípcia. A imagem gigante de quartzito foi localizada em frente ao portal do templo de Ramsés 2º, o que levantou as suspeitas de que a escultura retratasse este faraó. 

Depois de examinarem as peças, no entanto, arqueólogos encontram elementos característicos de outros períodos. Um deles seria a inscrição "Nebaa". Segundo Anani, apenas Psamético 1º ganhou o nome de Nebaa.

O ministro disse que ainda levará meses para a confirmação sobre a origem da estátua. A escultura foi encontrada ao lado de outra que retrataria em tamanho natural o rei Seti, filho de Ramsés 1º e o segundo faraó da mesma dinastia. Esta peça é feita de caliça e tem aproximadamente 80 centímetros.

CN/rtr/ap/afp

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